Levantamento inclui atendimentos realizados a menores de 14 anos na rede pública de saúde entre janeiro e julho. Acidentes domésticos com crianças e adolescentes crescem 260% em um ano na região
Em dois anos, o número de atendimentos a crianças e adolescentes vítimas de acidentes domésticos cresceu quase seis vezes nos hospitais da região de Campinas (SP).
De acordo com a Secretaria do Estado da Saúde, entre janeiro e julho deste ano foram 161,5% a mais do que o registrado no mesmo período do ano passado (veja o gráfico abaixo).
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Na comparação com 2022, a alta foi ainda maior, cerca de 495%. O índice registrado nos primeiros sete meses de 2024 também supera todo o ano retrasado, que teve 83 ocorrências.
O dado considera menores de 14 anos que receberam assistência ambulatorial em unidades municipais e estaduais. Entre as formas de acidente estão:
quedas
cortes
choque elétrico
queimaduras
intoxicação
afogamento
ingestão de objetos estranhos
Ainda segundo os dados levantados pela EPTV, afiliada da TV Globo, o índice também aumentou nos municípios da área de cobertura do g1 Piracicaba. Por lá, em 2024 foram 444 atendimentos ambulatoriais, contra 98 em 2023 e 67 em 2022.
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Cresce o número de crianças atendidas por acidentes domésticos em Campinas
Reprodução/EPTV
O que fazer nessas situações?
A Secretaria do Estado da Saúde diz que não há como saber os reais motivos das variações dos números e o porquê desse aumento tão expressivo.
No entanto, o cenário acende um alerta para os cuidados que devem ser adotados nessas situações.
Ao EPTV 1, o médico pediatra Fernando Belluomini, do setor de emergência do Hospital de Clínicas da Unicamp, deu detalhes de o que fazer após acidentes:
Cortes: os principais cuidados devem ser com limpeza e e controle do sangramento. A orientação é usar um pano limpo para comprimir o local até encontrar socorro;
Queimaduras: a recomendação é lavar e, principalmente, resfriar a pele com cuidado. "Não usar água gelada, não pode pôr manteiga, não pode pôr gelo. Resfriar com água corrente";
Afogamento: ao resgatar a criança, verificar se ela está consciente. Se não estiver e se a respiração não estiver adequada, fazer respiração boca a boca.
Assista à orientação completa na reportagem acima.
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Publicada por: RBSYS